Ela sempre volta.
É improvável o estado neutro,
O que me revolta,
Pois das tuas belas garras sou presa.
Para minha surpresa, ela me tem.
Então, em minha singela autodefesa,
Não evito o pensamento que advém.
Nos apaixonamos em maio,
Essa é minha anotação.
Olá, hoje! Um simples ensaio,
A saudação da nossa canção.
Deitadas e acordadas ao amanhecer,
Quero ficar assim até um novo anoitecer,
Vejo-me pelo reflexo do seu olhar,
Palavras são pobres para detalhar.
É tão sereno nosso momento,
Porém, ao seu lado,
Meu sangue fica borbulhento
E meu coração algemado.
Junho – Outubro de 2020,
Thais Poentes