Da fumaça está
emergindo
O sopro mais
perfumado,
Seria aquele o teu?
No riacho está refletido
O brilho do teu
caminhar,
Seria o teu
estimar?
Ardendo em mim,
Pois é a chegada da
Primavera.
Tira esta fumaça daqui,
Está neblinando meu
respirar.
Não há nenhuma
consequência,
Que ela caia no
riacho,
Para que o lume se
apague.
Pois é verão, e
Meus sentimentos:
Escorrendo.
Dessa vez eu acredito,
Não sou sua prisioneira.
As nuvens estão
passando
Sob o céu que já não
enxergo,
As estrelas estão
encobertas
Por detrás da
despretensão.
Se eu fosse Outono,
Eu teria odiado sua
vinda.
E cá o está!
Amo o pôr do sol
E as nuvens que passam.
Caia na secura
dos gestos,
Ouve a voz rouca,
Está gritando.
Gritando.
Há tanto ar,
Não posso me jogar.
Estão passando entre
meus dedos,
Os fios compridos,
Deixam-me tão extasiada
E ludibriada.
Preciso refrear,
Estou abraçando-a,
Engenha-me levante
E eu me torno suas
cores.
Seria o afogamento
químico?
O prédio em construção,
O fim da tarde,
A árvore e seu balançar.
É inverno,
Estou tocando tudo
O que não sinto.
Outubro de 2017,
Thais Poentes
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