Vejo-os belos, tão ostensivos.
Voltados a mim em momento exorável.
Uma dócil expressão e o sorriso.
Uma grande razão inefável.
Ali fica! Tão perto e distante.
Universo indecifrável e calmo.
Vejo, observo em ato incessante.
Refúgio do tédio impagável.
Artefato delicado, de vidro!
Precisa cautela, e protejo, cuidado.
Além da fraqueza das superfícies.
Vejo um forte leão indomável.
Em seus traços hispânicos, belos.
Há uma alma misteriosa, intocável.
Lembra-me das naturezas indecentes
Dos rios, mares e a areia adorável.
O natural, tranquilo e pacífico.
Mostra-se em virtude indisfarçável.
Encabulada e sem jeito, sorri!
Conforto-me em seu olhar agradável.
Há tempos nada ocupa tanto tempo.
Quanto a essa estranha alma distante.
O futuro é um atento e espero.
E espero... E espero... E espero.
Confusa em termos do depois,
Força-me a pensar nos momentos,
Meus diários sofrimentos se extinguem,
Calmante dos males violentos.
Olhos, olhos, olhos atentos...
Continuam transmitindo teus medos.
Conforto, paz, força e desejo,
Falo do que tanto eu almejo.
(Augusto Fossatti)
terça-feira, 27 de março de 2018

O MISTÉRIO DOS OLHOS RÚTILOS (OP.3 N.1)
VersoFossatti
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