Na poesia encontro meu vício,
O meu ponto do santo equilíbrio,
O que gira meu mundo parado,
O que me torna tão inesquecível.
Na folha de papel vejo tudo,
Como letras vão se organizando,
E aos poucos tomando a forma,
Que vejo outros poetas usando.
Minha caneta é o instrumento,
O transmissor de movimento,
Que cura as mágoas sentidas,
Que transmite o conhecimento.
Se em casa permaneço sozinha,
Não tenho medo de tal solidão,
Escondo-me de todos os perigos,
Fico longe da velha escuridão.
E usando esta arma sem munição,
Vou tornando o sonho possível,
De transmitir as minhas visões,
Para o maior público possível.
Se gostarem ou não, não importa,
Só espero que aos olhos cheguem,
E que leiam atentamente sem medo,
E futuro de conhecimento almejem.
Contente com a minhas tristezas,
Apenas expresso o que posso ver,
E usando a única coisa que possuo
Prossigo lutando para sempre ler.
E se escrever é a minha vil arte,
Sou uma pobre coitada bem morta,
Que apenas procura seus medos,
E tenta vencê-los fechando a porta.
(Augusto Fossatti)
terça-feira, 20 de março de 2018

VersoFossatti
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