Exploro por detrás das linhas,
Sinto um instinto diferente,
Ele pretende arcar com a lembrança
De manter a esperança,
Confinado e inconsequente,
Na espreita, delinquente.
O pranto não cessa,
Lá está seu inimigo
E o que carrega consigo.
Em um canto deveras distante
Beira a poeira do encanto,
Onde a inconsciente trabalha ciente,
Conduzido por um canto.
Não é fácil perceber
Como é simples se reerguer.
Desistir não se exerce,
Já que razões ainda resplandecem.
A emoção tem transcendido
Todo e qualquer sentido.
O pobre coração partido
Teimando que nada está perdido.
Agora vingativo,
Tomado pela fúria,
Querendo que quem o causou dor
Sinta-a também,
Porém não do mesmo modo,
Talvez além.
2013,
Thais Poentes
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