Perdoo o que a Noite expressa em seu olhar.
Ah! Olha para as brisas:
Estão a cantar melodias das mais suaves...
A mitologia que existe no voo dos suspiros
Denota o sorriso de cada dolorosa lágrima.
Selene me concede uma balsa,
Pelos elementos de sua palidez.
Do movimento que embala,
Toco o silêncio.
A nota de cada estrela.
A exatidão de cada contratempo.
Quase me perco...
A barreira falsa das nuvens
Consegue tapar
A força de vontade da sutileza.
Não, Lua Nova, jamais lhe amenizarei,
E também não lhe renegarei.
Conheço nossa dor
Enquanto danço no teu sepulcro.
Sinto tua iluminação,
Redimo tua indiferença.
Tudo o que modelas
Extasia-me.
Sei que transmites segurança
Quando desmoronas
E avanço
Quando recuas.
Citas as mentiras da Verdade,
Não existe brusca diferença do que já fora pintado.
Perdoa-me, Luna, lhe descrever assim.
Como delinear
Uma realidade irreal?
A solidão da liberdade me mostrou:
Posso sucumbir de várias formas
Em uma única vida.
Como expressarei tua potência,
Se tua atração é tão forte que
Ninguém pode sentir?
Se sei que tu estás a nos deixar?
Se não são todos que têm a consciência de que
Tu não mais te importas?
Não desejo menosprezar tua capacidade de flutuar.
A rosa que está na neve é a voz de Osíris,
A última folha do teu furdunço foi-me uma íris.
Perdoa-me, Selene, pelo perdão negado.
2013,
Thais Poentes
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