Vem a memória, vem o pincel.
Estive alguns meses em tua trivalência,
Vagarosos meses em teu molde.
Vê o relato mentido:
Recatada e depravada,
Um horizonte aluvial.
Coloquei-me em algo questionável,
A evolução regressiva. Apreciei
Minha conjectura: uma fantasia concreta.
Como não optaria por pendurá-la?
A meia continência estampada em todas as faces.
Já tiveste tu alguma recaída dos teus próprios princípios?
A epígrafe de tuas descobertas,
As causadoras de tribulações.
Vem a amargura, vem a tintura.
Devaneei tantos meses por teus ensejos,
Meses com apetência por ti.
Já te encontraste ilusa pela própria vaidade?
Fui deixada para trás para sucumbir,
E desse dia a esperança vazia ficou,
Eu fui meu próprio preço (um meio louvor).
Disseste que fui a mais adagial.
Disponhas minutos para leres
O narro fingido:
Exorbitante e ilustre.
Almejava mais esteio para a própria irresolução,
Um ser dúbio.
Questionou meu desfrute,
Pôs-se a danificar o imprescindível,
Mas regressou:
Seu pecado.
Vem a manhã, vem a pintura.
Estive tamanho período em minha lacuna,
Tão longínqua para alcançar o devoluto.
Foi afastada, para morrer,
Porém seu cadáver ficou,
Deixando o desconforto de seu odor.
Um dégradé de sentimentos, porque
Há contraste de adágios a se interromper –
A narrativa precedente.
2014,
Thais Poentes
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