A sensação de ser atormentada
Deixa-te livre
Na gaiola
E surge o suplício do espírito por mudanças,
Quando tudo o que consegue sentir é receio.
Se hoje sou como sou,
Eu te condeno e culpo!
Desta forma, adquiro sensatez
Em meio ao delírio.
Dos meus olhos verás o sangue escorrer,
Porém eles não expressam a questão.
Finaliza!
Não há caule que faça diferença, –
Descontinuidade –
O instinto
não lhe privará do que lhe foi reservado.
Por que caminho no que aflautas
E sempre tropeço na desgraça?
Não desejo expor com íntegra veracidade:
O nada.
Dá o próximo passo,
Continua teu percurso e abandona-me aqui.
Sozinha estarei, como me foi destinado,
Não terei mais o que lamentar
E no solo do desdém eu me encontrarei.
Cais novamente...
Sem flores nos olhos, –
Intransmissível –
Nem ao menos uma sepultura foi-me concedida,
Ou cinzas,
Não há rastros...
Levaste até a escuridão.
2013 - 2014,
Thais Poentes
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