Aos redores do Universo do Esquecimento
Estava a Supernova 1604,
Com seus colapsos em meio a astros amedrontados,
Sozinha, eu os observei.
Teu infinito me finita,
A ti eu canto.
Tu és o relento que sinto,
Intensa é tua poesia,
Dá-me tua beleza,
Dou-te minha solicitude.
Tua palidez reluz sobre meu corpo avulso,
Nutri-te sobrestante,
Direciono minhas lembranças à uma data contundida,
Resta-me flertar.
Não me dediques o que minha solidão estima:
A nitidez túrbida.
Acalma a chuva interior
A queimar ardentemente,
Rogo-te!
Tua
subvenção:
Entrega sem tardar ao imo.
Sim, importa
O toque do que já se foi.
É veraz a compressão,
É desdenhada sua dor.
Teu movimento me alucina,
Ameniza o desequilíbrio interior.
Ao meu surto tu realças:
“A simplicidade está no olhar”.
Ah, o descaso, sim...
Indica a direção de um jardim.
2014,
Thais Poentes
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