Ela gosta de guiar.
O que cria?
O quadro perfeito,
A imagem azul.
Selene, querida,
Tenha-me como tida.
Concede-me?
Por que não muda minha aura?
Por que não me conduz?
Se ela moldar minha pele,
Traçar-me o azul,
Serei sua celeste.
Ah, Selene!
Tamanha essa sua devoção,
Esse seu gosto pela alucinação.
Sempre procura encontrar
A forma de nos deixar
Em um eterno mar.
Está florescendo tão rápido,
Já não escuto o uivo brado.
Selene, amada,
Eu lhe observarei e permanecerei.
Como reconhecer?
Se ela me colorir de azul
E modificar minha concepção!
Mais uma noite de insônia.
Ela ilumina meu corpo
E delineia minha sina.
Desnorteando-me de mim,
Nego as memórias,
Eu sigo.
Sigo do álibi,
Sigo na camufla.
Sigo a ti, Selene.
2013,
Thais Poentes
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