Deixa-me
agora,
Antes da
minha queda,
Deixa-me
comigo mesma,
Enquanto me
engajo
À minha
extinção.
Deixa-me
aqui,
Corta minha
pele e deixa
O sangue
percorrer
Todas as demais
cicatrizes e feridas.
Bate-me
agora,
Tenho uma narrativa,
Tu serias a
fechadura
E a chave
não é dada a mim.
Esfaqueia-me
aqui,
Deixa-me
ver-te partir,
Depois de
me estorvar
Em uma algente insuflação.
Afoga-me
agora
Em minha
própria decadência
E grita com
minha anáfora,
Ela escuta
a sinfonia da adjacência.
Abrange-me além daqui,
Da janela
eu posso observar
Um
despojado olhar
Que deseja
se salvar.
Livra-me do
agora.
Imploro-te,
Não
encadeies
Minha
trova!
2015,
Thais Poentes
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