Lágrimas ácidas,
Presas,
Dilaceram-me por dentro.
Suspiros comprometidos,
Que representam meus gritos,
Perdem-se ao vento.
Caminhos não percorridos
De desejos rompidos
Mostram-se atentos.
Diante do delírio
De um ser ambíguo
Do mundo doído,
Pergunto-me:
Pergunto-me:
O que fizeram comigo?
Sou uma criatura
Sem abrigo.
Sem abrigo.
Um árduo sem cura,
A seguir,
E já.
O que vem desses cactos:
Não tem onde mais me aconchegar.
Não peço, não vou me ridicularizar.
Cadê a menina propensa
A um bom sossego?
Vejo-a tomada pelo medo.
O exorbitante lampejo,
Não vou lhe apagar.
E a lâmina dos vinte e dois?
Agora alguém me inquire:
O que é que vem depois?
Penso: algo atroz.
2013,
Thais Poentes
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