Qualquer insistência de nada adiantou.
Temos o que restou:
O desejo do que não possuímos.
Um desejo vão,
Que não encontra mais direção,
Definhando em sua própria indefinição.
Não tem abrigo,
Não posso mantê-lo aqui comigo.
E, por isso, peço perdão
A ti, Desejo perdido, por ter sido Frustração
A nova companheira desde então.
E irá nos fazer mal,
Seu único propósito trouxe consigo,
Em sua mão está o canivete,
Nele um adesivo escrito "adagial",
Declarado seu pródigo amigo
E o seu flerte magnete.
Esbanja nossa ruína,
Nega nossa cortina,
A que tapa a cálida neblina,
Retirando nossa morfina.
Dito seu indulto: a pior heroína.
Despeço-me dessa sina,
Após conceder-lhe um espaço em minha cripta.
Sem resposta,
E que seja assim.
Tendo-te longe, tão perto de mim.
Um vazio espiral,
Posto o vendaval.
E o que poderia conceber?
Qual a diferença?
Por que manter qualquer crença?
O que fazer?
Qual o significado de contemplar o que não chegou?
Realmente importa a ela
O elo que abnegou?
Quis a transformada tímela.
É isto mesmo,
Não entendeu errado.
Se enganou, com seu egoísmo;
Iludiu-se ao acreditar em sentimento empoçado.
Janeiro de 2019,
Thais Poentes
:'(
ResponderExcluirTemos o que restou: a esperança de uma nova forma de amar. A esperança (utópica?) de um dia sermos capazes de um amor menos egoísta...
ResponderExcluirÉ possível sentir saudade do que não se viveu?
ResponderExcluir"E é só você que tem a cura pro meu vício
ExcluirDe insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi"
Nos deram espelhos e vimos o mundo doente...tentei chorar e nao consegui...
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