Como em um mar de povo,
Mescla-se piados e vozes,
Não há silêncio verdadeiro,
Nem no vento há pureza beata.
Os gritos não cessam, povo fala,
O povo não cala, ladra,
Pátria amada sem canto vazio,
A cidade está lotada, abarrotada.
Estou cheio dessa parafernália,
Patifaria, sujeira dessa gentalha,
Por favor, me dê um canto só,
Deixe-me respirar minha solidão.
Somente as crianças são inocentes?
Puras pela santificada repetição?
Não sei se posso as culpar por nada,
É culpa de nossa vil aberração.
(Augusto Fossatti)
terça-feira, 5 de março de 2019

VersoFossatti
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