Esbraseante ela chegou.
Uma queimadura, no entanto,
Foi o que ficou.
Aqueça ou queime,
Maldição fervente.
Ela é como o inverno –
Branca e alarmante.
O gelo arde,
Por que me fez tocá-lo?
O sol longínquo me ofereceu,
Aceitei o presente que não posso olhar,
Acreditei na possibilidade de suportar.
Estive esperando-o,
Ciente de suas consequências.
Veja...
Não desejei o seu,
E mesmo assim ela me deu.
(Sem dar?!).
Passei a ansiar.
Ainda ciente,
Lidando com o esperado,
Encarei o falso conforto.
Seu bálsamo é uma ilusão,
Seu olhar é uma farsa,
Seu corpo – uma traição.
Então desejei que fosse sempre noite,
Apenas para apagá-la de minha memória.
Morra ou queime!
2013,
Thais Poentes
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